segunda-feira, 22 de julho de 2013

Capitulo 31 – Visitando uma grande amiga


 Acordei com o toque estridente do meu celular, nem olhei no visor, atendi.
- Bom dia sumido!
- Gi?
- Sim, não reconhece mais a minha voz Chris?
- Estava dormindo, por isso estou perguntando.
- Novidades, Chris?
- Muitas, está em casa?
- Estou sim.
- Estou indo ai, posso?
- Claro, faz um tempão que a gente não se vê.



Estava decidido a ir para casa de Gisele, iria passar um tempo com ela, mas teria que inventar alguma desculpa para o Stanley avisando que não iria trabalhar hoje. Fui tomar um banho e me arrumar, enquanto isso pensava no que poderia falar para Stanley que não iria trabalhar hoje.


Depois que sai do banho encontrei com Sally na cozinha preparando o café da manhã.
- Bom dia! – Sally deu um pulo.
- Nossa desse jeito me mata do coração, acordou cedo hoje e já está até de banho tomado.
- A Gi me ligou, vou para casa dela hoje.
- Não vai trabalhar hoje Chris?
- Acho que não, ainda estou pensando em uma desculpa para ligar para Stanley e avisar que eu não vou, depois posso fazer parte do serviço em casa.
- Só diga que não se sente muito bem Chris.
- Stanley não é tonto Sally, ele vai achar que é por que eu bebi demais e não estou me sentindo bem.
- Deixe ele pensar assim então.



- Depois vejo o que eu falo para ele, ainda tenho um tempo.
- Ao menos ligue avisando que não vai.
- Vou ligar. Agora preciso ir, a Gi está me esperando.
- Nossa, que pressa Chris.
- Estou com saudade dela, faz um tempo que a gente não se fala e nem se vê.
Dei um beijo no rosto de minha irmã e peguei as chaves do carro.



Cheguei na casa da Gi, estacionei meu carro e toquei a campainha. Assim que ela saiu pulei em seus braços lhe dando um forte abraço.
- Gi, que saudades, faz tempo que a gente não se vê.
- Eu estava viajando Chris, minha carreia de modelo não tem me dado sossego.
- Quando estiver aqui me ligue que eu venho te visitar Gi.


 
- Vamos entrar, você não tomou café da manhã ainda né?
- Sim, Sally não me deixa sair de casa sem comer.
- Droga Chris, fiz pão com queijo.
- Não fique brava, eu como novamente.
 

Sentamos a mesa e Gisele serviu à mesa com dois pratos de pão com queijo, o cheiro estava delicioso.
- Quais são as novidades Chris? O que anda acontecendo por aqui?
- Nada demais, mas eu estou meio que envolvido com a Vicky.
- A Vicky? Aquela que conheceu no Joy Club?
- Sim Gi, por que o espanto?
- Achei que aquilo não havia passado de uma transa, mais nada.
- Também achava, mas acabamos nos encontrando mais vezes. E você Gi? Quais são as novidades?



- Ando viajando bastante, estive em Sunset Valley e de lá fui para Riverview para um desfile de modas.
- Não fica mais em Bridge né? Deveria fazer um filme, você tem dom para isso.
- Ah eu acho que vou ficar só como modelo mesmo, já está bom para mim, estudei para isso né Chris?
- É verdade... E os garotos como estão Gi?
- Não tenho ninguém né Chris, viajando desse jeito mal sobra tempo para mim.



- O que quer fazer hoje?
- Não sei Chris, estar com você aqui em casa está bom demais. Vamos sentar na sala, a gente fica conversando.



Seguimos para a sala, como sempre Gisele sentou no sofá e eu deitei em seu colo.
- E seu irmão Gi, como está?
- Ele está bem Chris, está trabalhando, no final da tarde deve aparecer por ai.
- Faz tempo que também não o vejo.
- Você está namorando a Vicky?
- A não Gi, namorando não né.
Fez-se silencio por um instante.
- Chris...



- O que foi Gi?
- Não queria te perguntar isso, mas preciso saber...
- Pode perguntar Gi.
- Não quero te chatear, mas e a Analiy como está? Eu fiquei sabendo pelo meu irmão que faz um tempão que vocês não se falam.
- Não sei como a gente está Gi, desde a vez que ela saiu de minha casa nunca mais falei com ela, mas Sally tem estado sempre com ela.
- Ela está bem?
- Está sim.
- E você Chris?



- Eu estou bem né Gi, basta ela estar bem que eu também estou, sabe eu as vezes penso que é melhor assim, eu a amo, mas penso em Justin, ele é um grande amigo.
- Não sei Chris, eu ainda acho que deveria sair daqui de Bridge um pouco, outro lugar, outros ares entende? Isso é tão bom.
- Eu sei Gi, mas tenho que tirar férias primeiro, não pretendo passar as minhas férias aqui e vou para uma ilha este final de semana.
- Para uma ilha Chris? Com quem vai?
- Sim, vou com a Deka, eu gostaria que ela fosse protagonista de um filme e vou leva-la para conhecer o local.
- Isso é muito bom Chris, você me parece bem animado com isso.
- Estou bem animado, espero que ela faça o filme, vai ser bem divertido estar na ilha com ela.



Falando em férias lembrei do serviço, já haviam se passado várias horas e não havia ligado para Stanley.
- Esqueci de ligar para o Stanley avisando que não iria trabalhar hoje.
- Por que não vai Chris?
- Quero passar um tempo com você, fazia um tempão que a gente não se falava e se via.
- Chris, mas isso não vai te prejudicar?
- Não Gi, depois eu faço parte do serviço em casa, prefiro passar um tempo com você.
- Eu adoro estar com você Chris, só não quero que se prejudique.
- Pode deixar Gi, vai dar tudo certo, só preciso terminar de escrever o roteiro do filme.



Paramos de conversar para prestar atenção na última cena do filme que estávamos assistindo e assim que o filme terminou propus a Gi que déssemos uma volta. Liguei para Stanley e avisei que não iria, apenas disse que estava visitando uma amiga e que amanhã teria mais uma parte do roteiro o aguardando em seu e-mail.


- O que acha de darmos uma volta por Bridge?
- Para onde podemos ir?
- Não sei, pego meu carro e a gente sai por ai, podemos ir até a estufa ou onde preferir.
- Vamos!



Peguei o meu carro e fui direto para a estufa de Bridge. Estar com a Gi era sempre divertido, a peguei em minhas costas e sai correndo pelo local.
- Você é doido Chris, vai me derrubar correndo deste jeito.
- Não vou não Gi, eu te aguento, em falar nisso está bem leve precisa comer um pouco mais.
- Se eu engordar acho que perco o meu emprego, estou bem assim.



Gi estava realmente muito bem, o seu cabelo havia mudado, tinha feito umas mechas e estava ainda mais bonita desde a última vez em que a vi. A coloquei no chão e então foi a vez dela...
- Está com você! – Ela então tocou em meu braço me incentivando a brincar de pega-pega com ela.
- Não vai ser fácil fugir de mim Gi, sou mais rápido não se lembra? Vou apenas te dar um tempo para se afastar.


 
Dei um tempo até que ela se afastasse, corri ainda mais e a peguei. Mas assim que a puxei ela caiu levemente no chão, cai por cima dela.
- Chris seu doido, você sempre me pega e dessa vez me derrubou.
- Desculpe Gi. - Lhe dei um beijo estalado na bochecha.
- Quero mais um! – Gisele pediu.
Então dei mais um beijo em seu rosto.
 

- Não é assim que eu quero. – E em fração de segundos ela me virou e estava por debaixo dela.
- Não se mexe. - E me deu um beijo rápido na boca.
- Não faz isso Gi, sabe o que eu penso a respeito disso.
- E eu te conheço muito bem.
Ela me deu mais um beijo estalado na boca, se levantou e saiu correndo.
- Está com você! – E saiu rindo.



Novamente sai correndo atrás dela, ela era incansável, estava sempre disposta a brincar comigo. Corri, corri e a alcancei.
- Te peguei! - E dessa vez não a derrubei no chão.
- Assim não vale, você sempre ganha. – E se sentou em um banco próximo.
- Cansada Gi?
- Depois de correr tanto é claro né. – E deu uma alta gargalhada.
- Vamos comer algo, estou ficando com fome.
- Pegue umas frutas ali na horta.
- A não Gi, dessa vez não, vou te levar para comer em um restaurante descente, não vou ficar comendo mato. – Dei risada.
- Vamos levanta Gi, vamos comer.
- Só se você me carregar.



A peguei e joguei por cima do ombro.
- Chris assim não, me carrega direito.
- Você não queria que eu te carregasse?
- Não desse jeito.
- Assim é mais divertido.



A levei até o carro, seguimos até o restaurante mais próximo.
- O que vai comer Chris?
- Ainda não sei, eles tem uma grande variedade aqui.
- Eu já sei o que vou comer, faz tempo que eu não como um Dim Sum.



- Chris, está muito bom estar aqui com você, mas preciso ir para casa preparar a janta, daqui a pouco meu irmão chega.
- Vamos então Gi, eu te levo até em casa.



Seguimos até a casa de Gi e enquanto ela estava preparando o jantar seu irmão chegou.
- Não, isso é real? O sumido do Chris em minha casa?
- A Gi ligou, então achei melhor passar o dia com ela.
- Você vai ficar para o jantar né? Faz um tempo que não te vejo.
- Se eu comer aqui Sally me mata, ela fica me esperando com o jantar pronto.
- Fique Chris, coma só um pouco.
- Jantar está pronto! – Gisele anunciou colocando os pratos na mesa.



Seria uma baita de uma falta de educação eu levantar da mesa e ir embora, então permaneci e jantei com eles. A conversa foi bem animada, Thomas falou sobre seu emprego e Gisele contou mais detalhes sobre sua viagem e carreira de modelo, mas estava ficando tarde e eu teria de ir para casa.
- Preciso ir, está ficando tarde e Sally está me esperando para o jantar.
Gisele e Thomas levantaram da mesa, me despedi com um abraço e Gisele me levou até a porta enquanto seu irmão recolhia os pratos da mesa.



Ao chegar na porta Gisele me abraçou e me deu mais um beijo estalado na boca.
- Não faz isso Gi.
- Que mal a nisso? Por um acaso é casado?
- Não.
- Então não reclama Chris.



A abracei e ai sim foi a minha vez, lhe dei um belo beijo e assim que eu me afastei ela logo falou.
- Bem melhor assim.
Gisele sempre foi uma grande amiga, tinha um imenso carinho por ela, mas não achava aquilo certo, lembro que me aproximei na pior hora, mas desde o início sabia que era ela que seria uma grande amiga e que saberia exatamente que não podíamos passar de um beijo, sempre procurei mantê-la afastada de meus problemas, mas era ela que fazia com que o meu dia criasse ainda mais vida.

domingo, 14 de julho de 2013

Capítulo 30 – Finalmente em Casa


Era o terceiro dia seguido que eu estava na casa de Vicky, eu queria ir para minha casa, estava me sentindo preso ali por ela não deixar com que eu saísse dali. Propus diversas vezes a ela para darmos uma volta em Bridge ou até mesmo ir para Riverview ou Monte Vista, mas ela apenas não queria sair de sua casa, eu estava ficando cansado de estar ali, nem em minha própria casa eu ficava tanto tempo “trancado”.


Já era noite quando me despedi de Vicky, elas apenas não queria que eu fosse embora mas eu não aguentava mais estar na casa dela preso a ela, nem até em casa eu poderia ir para pegar roupas limpas e tomar um banho, estava a dois dias usando as roupas de Ryan.
- Eu vou para casa, está ficando tarde e amanhã tenho que trabalhar.
- Não vá Chris, durma aqui novamente.
- Eu ao menos tenho roupas minhas aqui e estou cansado de usar as de Ryan. Quero ir para minha casa.
- Não quero que você vá.
- Amanhã quando sair do serviço passo por aqui.



Ela concordou e deixou com que eu fosse embora. Assim que cheguei em casa o perfume de Analiy estava forte, eu não sabia se ela estava por ali, então ainda na porta, chamei pela minha irmã.
- Sally, está em casa?
- Aqui na sala Chris.



Fui até a sala e Analiy não estava ali com ela, apenas parei na sua frente e a fiquei olhando.
- Resolveu vir para casa?
- Não aguentava mais ficar ali, Analiy esteve aqui né?
- Por que pergunta?
- O perfume dela Sally, não tem como mentir que ela não esteve aqui.
- Sim Chris, ela esteve aqui e dormiu aqui.
- Como ela está Sally? Eu preciso saber dela.
- Ela está bem Chris.



- Preciso tomar um banho e tirar essas roupas, quero apenas a minha cama agora.
- Sente aqui um pouco vamos conversar.
- O que tem para me falar Sally?
- Nada de importante Chris, eu apenas queria saber como andam as coisas entre você e Vicky.
- Está tudo bem, mas...
- Foi ruim estar com ela estes dias Chris?
- Ruim não foi, mas eu moro do lado, né? Ela poderia permitir que eu viesse até em casa ao menos tomar um banho e pegar roupas limpas.
- Ela está insegura Chris.



- Eu sei disso, mas não é dessa forma que ela vai se sentir segura, ela não pode me prender em sua casa.
- Também acho.
- Sally, vou tomar um banho e quero deitar em minha cama, vamos lá no meu quarto, podemos conversar mais um pouco e ir dormir.
- Tudo bem Chris, mas...
- O que foi Sally?
- Analiy dormiu todas essas noites em seu quarto, espero que não tenha problema, pedi para que ela dormisse no meu mas ela não quis, ela deitou em sua cama e adormeceu rápido, não quis acorda-la.
- Fez muito bem em deixa-la dormir em minha cama, não vejo problemas.



Segui para o meu quarto e assim que abri a porta o perfume de Analiy estava forte dentro de meu quarto. Foi como se ela estivesse ali, por um instante fechei meus olhos e imaginei ela deitada em minha cama apenas me esperando, eu desejava aquilo, eu queria Analiy comigo, senti um forte aperto em meu peito, queria estar com ela, eu teria que falar com ela, mas sabia que não iria conseguir me afastar dela.


Eu apenas abri meus olhos novamente e segui para o banheiro, tomei um banho e fui para minha cama, abracei o meu travesseiro e logo estava dormindo.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Capítulo 29 – De volta à casa de Vicky – Parte II


- Eu te amo, Christopher e muito. - Suas palavras saíram arrastadas, mas foram sinceras, eu sabia o que ela estava sentindo naquele momento, foi difícil para ela, mas ela apenas fez o que eu havia pedido. Eu a abracei ainda mais forte, ela me amava e eu ao menos saberia se um dia poderia ama-la, aquilo me machucava e eu não fui capaz de falar algo a ela. Após suas palavras o silencio na cozinha era mortal, ficamos bom um bom tempo ali, sentia que lágrimas corriam de seus olhos e ao notar que eu a estava ferindo, lágrimas também corriam de meus olhos, se ela notou, eu não sei, mas não estava escondendo isso dela. Ficamos apenas abraçados ali, o efeito da bebida já havia passado havia um tempo, até que ela se soltou de meus braços.
- Preciso terminar de preparar a comida, a hora do almoço já passou e não te dei nada para comer.
- Não se preocupe comigo Vicky, eu que deveria me preocupar.
- Não Chris, eu não quero ser um peso em sua vida, você apenas pediu que eu fosse sincera.
- Te agradeço por isso Vicky e não quero te desapontar.



Ela apenas afastou o meu corpo do seu, me deu um beijo e se virou para terminar da preparar a comida. Eu sentei em uma das cadeiras e apenas a fiquei observando, admirava muito a sua beleza, Vicky era estonteante, e ver o seu corpo nu por debaixo daquela camiseta me deixava ainda mais fascinado, enquanto que ela preparava o almoço eu apenas a admirava. Eu estava quieto ali, ela de costas para mim, mas assim que ela virou e viu que eu estava na cozinha ela apenas cobriu seu rosto, ela estava chorando, não aquilo não era certo. Levantei da cadeira e a abracei.
- Vicky, por favor não quero que fiquei assim, eu vou estar com você sempre que precisar.
- Mas se você ama outra pessoa como vai estar comigo Chris? Me diga isso.
- Eu apenas vou estar Vicky, por favor apenas deixe que eu esteja.
- E se ela te procurar o que vai fazer Chris?
- Eu não posso estar com ela Vicky, apenas entenda isso.
- Mas você a ama Chris.



- Eu sempre a amei Vicky, mas nem sempre estive com ela, ela deve ficar com Justin e com seus filhos, são crianças maravilhosas, não merecem isso.
- E se ela resolver se separar e vir atrás de você, o que vai fazer Chris?
- Isso não irá acontecer, Justin vai estar sempre com ela. Eu conversei com ele Vicky, pedi que cuidasse dela.
- E se ele resolver se separar dela?
- Ele a ama Vicky, ele já pensou nisso mas eu pedi para que ele ficasse com ela, senão ela ficaria sozinha. Eu não posso estar com ela Vicky, apenas isso.
- Eu não entendo Chris, vocês se amam... Se ele se separar, ela é livre para estar com você.
- Eu não conseguiria estar com ela, apenas isso, quero que Justin esteja com ela, ele é um grande amigo Vicky e não quero me afastar dele.
- Estando com ela não conseguiria ser amigo de Justin é isso?
- Sim Vicky, me sinto mal por toda esta situação.
Uma lágrima rolou de meu rosto, Vicky apenas a limpou e me deu um beijo, eu a abracei e apoiei minha cabeça em seu ombro, aquilo estava sendo difícil, não só para mim como para ela também.
- Vamos comer Chris, eu não quero te ver assim, você estava bem.
- Eu estou bem Vicky, apenas um pouco chateado.



Ela serviu à mesa com dois pratos de esparguete, enquanto comíamos apenas trocávamos olhares, eu não queria feri-la, eu apenas queria cuidar dela assim como ela vinha fazendo comigo. Desde a primeira vez que encontrei com ela no Joy Club senti uma forte conexão com ela, eu não sabia ao certo o que eu sentia, ela poderia ser uma grande amiga ou até mais do que isso, estar com ela me fazia muito bem, a dor que eu sentia praticamente sumia quando estava com ela. Terminamos de comer e Vicky logo levantou, colocou os pratos na pia.
- Vamos dormir um pouco Chris, me sinto exausta.
- Cansada Vicky? – Dei um sorriso a ela.
- Não provoca Christopher.
- Foi você quem começou.
- Se eu te provocar o que vai fazer comigo?
- Te coloco nessa mesa e...
- Já entendi, deixa para depois, vamos dormir um pouco.



Seguimos para o quarto de Vicky e deitamos em sua cama, ela deitou em meu peito e apenas relaxamos, logo estávamos dormindo. Fomos acordados com o toque de seu celular, era Ryan avisando que ficaria uma semana fora de casa. Ainda ficamos um tempo deitados.
- Você não deveria ter bebido daquela forma noite passada, se estiver grávida isso não é nada legal para o bebê.
- Não sei Chris, mas ainda acho que tivemos sorte aquela noite, que nada deu errado.
- Eu espero Vicky, mas teremos que tomar cuidado, aquela noite não pode se repetir.
- Eu que deveria ter tomado cuidado, mas deixei apenas que acontecesse. Você precisava daquilo.
Ela levantou da cama e me pegou pela mão.
- Vem vamos na Jacuzzi, precisamos nos recompor, minhas pernas estão me matando.
- Cansada ainda Vicky?
- Não provoca Chris, pois você também está bem cansado.
- Ok, ok, eu realmente estou bem cansado.



Seguimos para a Jacuzzi e ficamos sentados juntos apenas conversando, sentia que Vicky estava realmente cansada, minhas pernas estavam pesadas e minha cabeça doía um pouco. Vicky mantinha suas mãos o tempo todo junto as minhas, algumas caricias eram inevitáveis, mas eram suaves, ficamos um bom tempo ali, conversamos sobre muitas coisas que eu queria saber sobre Vicky e ela queria saber sobre mim, mas eu sabia que tinha algo que estava incomodando Vicky, então resolvi apenas perguntar.
- Eu sei que está querendo me dizer algo e não está conseguindo, saiba que pode falar o que quiser Vicky, não tenho o que esconder de você.
- Talvez você saiba o que seja, mas não quero estragar "tudo isso".
- Creio que não vá "estragar" nada Vicky. Confesso que fiquei um tanto curioso.



Após minhas palavras Vicky ficou quieta, se ela iria me falar o que queria eu realmente não sabia. Ela estava inquieta, ela não poderia guardar aquilo apenas com ela. Ela se virou de frente para mim e me deu um beijo, eu a beijei, mas logo ela se afastou.
- Ela é a melhor amiga de Sally, provavelmente deve ir a sua casa, não tem como você não encontrar com ela Chris.
- Vicky, Sally sabe tudo sobre nós, ela com certeza não levaria ela até minha casa. Não quero te machucar, mas sei que está sendo difícil para você.
- Sabe, Chris, eu não quero te prender a mim, você deve fazer o que acha que deve ser feito, apenas isso.
- Sinto que devo estar com você Vicky.



Após minhas palavras eu apenas a abracei, eu estava bem com ela, e naquele momento sabia que ela poderia me ajudar a suportar o que estava acontecendo. Foi inevitável uma lágrima correr de meus olhos, mas foi um sentimento estranho, senti uma grande felicidade dentro de mim, talvez por me sentir aliviado por estar me sentindo bem, talvez por saber que Vicky estava ali comigo, mas eu já temia com a hora que eu tivesse que ir embora, a abracei forte.
- Chris...
- Não estou pensando nela Vicky, apenas na gente, eu estou feliz, não me sentia assim já fazia um bom tempo.
- Me sinto bem Chris, basta saber que você está bem que eu também fico, mas é difícil para mim Chris.
- Eu sei Vicky, gostaria que fosse diferente.
- Eu te amo Chris, apenas guarde isso com você, sei o quanto é difícil, mas apenas quero estar com você.



Vicky estava chorando, eu sabia que ela estava insegura. Dava toda razão a ela, se eu estivesse no lugar dela eu apenas me sentiria da mesma forma, eu nunca tive medo de perder alguém, a minha vida poderia ter sido diferente, mas eu apenas me fechei e não permiti que outra pessoa entrasse em meu coração, em minha vida. Mas depois que conheci Vicky eu estava disposto a ao menos tentar mudar o que eu sentia, se aquilo seria possível, só o tempo poderia me dizer, mas dizem que, um verdadeiro amor nunca morre dentro da gente, nós apenas aprendemos a viver ser ele.
- Vicky, não quero te ver assim, apenas me diga o que eu posso estar fazendo para que se sinta melhor.
- Eu me sinto bem Chris, apenas tenho medo.
- Eu sei disso, mas vou estar com você, não quero te ver chorando, isso me machuca Vicky.
- Desculpe Chris, mas acho que não vou conseguir.
As palavras de Vicky me feriram profundamente, não aquilo não poderia acontecer, uma lágrima correu de meus olhos.
- Não Vicky, por favor.
- O que você quer Christopher?
- Aprender a te amar.



Vicky apenas ficou olhando para mim, uma lágrima correu de seus olhos, ela apenas me abraçou apoiando a sua cabeça em meu ombro. Eu senti um imenso vazio dentro de mim. Eu fiquei confuso, nunca tinha sentido aquilo por outra pessoa que não fosse Analiy, foi ai que eu senti que Vicky poderia ser a pessoa que conseguisse entrar em meu coração, talvez por eu permitir ou talvez por apenas saber que ela me amava. Comecei a pensar em todos os momentos que passamos juntos, o nosso passeio até Riverview, tudo era perfeito ao seu lado e sempre estava feliz quando estava com ela, por um instante achei que seria egoísmo de minha parte estar com ela sabendo que ela me amava, mas eu precisava dela, eu apenas queria estar com ela. Lembrei de nossa primeira noite juntos no Joy Club, suas provocações noite passada no Moedor, lembrei do toque de sua mão e estava tão concentrado em meus pensamentos que meu corpo apenas reagiu, aquilo não era certo, mas era assim que eu me sentia quando estava com ela. Ela percebeu e apenas se ajeitou em meu colo de uma forma provocante, eu não sabia se era isso que ela realmente queria, eu precisava dela, precisava sentir o amor que ela sentia por mim, ela poderia negar, mas eu apenas pedi.
- Faça amor comigo Vicky, sem jogos dessa vez, apenas me ame e me ensine a te amar também. – Meu coração batia forte.
- Você tem certeza disso Chris?
- Sim, eu tenho, apenas me ame.
- Achei que você só queria se divertir.
- Jamais Vicky, não pense isso.



Tirei sua cabeça de meu ombro e segurei seu rosto com as duas mãos, lentamente aproximei meus lábios dos seus, eu a beijei com vontade, eu sabia o que eu queria, eu apenas teria que mostrar a ela que ela seria capaz de me ensinar a amá-la, eu queria aquilo. Ela desceu suas mãos até o meio de minhas costas e as apertou em minha cintura, eu sabia que ela estava pronta, eu apenas a levantei e estava dentro dela, seu gemido foi suave, nossos movimentos eram lentos, mas constantes, olhávamos um para o outro e em seus olhos pude notar que todas as vezes que fazíamos sexo não era apenas sexo que existia ali, ela fazia por amor, por precisar me amar, foi ai que o amor que ela sentia por mim ficou nítido e eu jamais poderia me permitir feri-la, eu apenas queria ama-la assim como ela me amava.